terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Desta vez deu-me pra inventar

Quando não nos sentimos confortáveis com o equipamento e não se encontra exatamente o que se pretende, nada como meter os neurónios a trabalhar e projetar o que se pretende.
Há muito que me sentia desconfortável nos tiros de pé, pra dizer a verdade nunca me senti bem nos tiros de pé, não conseguia apoiar a arma como queria e quando o conjunto pesa mais de 6 kg e um gajo tem de acertar um tiro numa merdinha de 4 cm de diâmetro a 40 metros o melhor a fazer é mudar o que não está bem, ou pelo menos tentar adaptar o mais possível a arma ao atirador.
A ideia estava na cabeça mas não sabia onde arranjar chapa de aluminio em bocados pequenos, é que não estou a pensar fabricar disto em massa. Assim que consegui o material que pretendia, foi arregaçar as mangas e meter mãos à obra, apesar de já estar um bocado enferrujado no desenho técnico ainda deu perfeitamente para os gastos, peguei na régua, no esquadro e nas lapiseiras já com uns anos valentes e bumba, já tá.
Não se pode dizer que agora não trema com este hamster mas já é um bocado menos o que de certeza vai trazer melhores resultados e nem que seja mais um alvo por prova já valeu a pena.
Não é que aqueles dos prós não sejam bons mas custam uma pipa de massa e acabaria por ter o mesmo problema ou seja, ia fixar no local onde queria meter a mão para apoiar a arma.
Depois de feito, um gajo encontra sempre coisas a melhorar, coisas que podia ter feito de forma diferente mas para protótipo está para já bem bom, daqui a uns meses e depois de bem testado logo se faz o definitivo.   

 
Desenho colado na chapa para começar a cortar

As peças quase todas cortadas

Tudo cortado e já com acabamento pronto para soldar

Torno e bancada de trabalho

Resultado final e fixo na coronha MKII comprada pra 
ajavardar à vontadinha

Visão geral, aqui com uma roda que ainda não sei se vai ter futuro

Pela quantidade de limalha já dá para ver 
o que transpirei agarrado à lima

Era este o anterior e que não conseguia fixar no sitio ideal


domingo, 28 de outubro de 2018

Mais uns pontos prá HW50

Já há algum tempo que aqui não vinha simplesmente porque nada de relevante se passou ou fiz e vir só para escrever coisas que nada acrescentam torna o blog desinteressante para mim e para quem o segue ou visita.
Posso não postar nada de novo mas terá sempre de ser algo interessante como julgo ser o caso de uma brincadeira que surgiu assim do nada, brincadeiras que nos últimos tempos têm sido raras devido a passar maior parte do tempo que tenho para atirar a treinar.
Neste momento não tenho a TX a bombar convenientemente, estamos no final da época e na altura de fazer umas experiências como tal uma boa altura para descomprimir com umas brincadeiras.
Bem mas já chega de conversa fiada, já justifiquei a prolongada ausência, vamos então ao que interessa.

O dia de trabalho estava terminado e dei um saltinho ao CTM (Clube de Tiro da Moita), o colega de clube e de treino estava lá como proprietário do espaço e como até estava pouco vento lembrou-se de meter uns alvos de cartão num pinheiro que deve estar sensivelmente a cerca de 75m de distância das improvisadas bancadas de tiro.
Ele com a sua PCP Gamo Coyote apoiada num bipé  e eu com a menina dos meus olhos, a minha querida HW50s apoiada num saco de tiro cheio de arroz, começámos por tentar acertar numa tampinha de garrafa de água e curiosamente ambos acertámos à terceira tentativa o que nos deixou empolgados, foi aí que naturalmente vieram os alvos de cartão. Fizemos um primeiro grupo de 10 tiros com um ventinho a favor, a Coyote fez um grupo de 58mm e a HW50 57mm, ficámos cheios de pica e fomos a uma segunda série onde o vento decidiu dar uma ajudinha e ficar ainda mais soft apesar de ligeiro, desta vez pensámos aumentar o zoom, o Marcos que tinha feito o primeiro grupo com 10x passou para 32X e não 36X como está no alvo, depois de andar às voltas com a torreta de elevação lá começou mais um grupo, eu experimentei 10X mas com o tiro bateu bastante a baixo e tive preguiça de fazer o mesmo que o Marcos decidi manter a mesma magnitude de 6X e sairam uns grupos que nos deixaram todos inchados, pelo menos nós achámos muito bom,  42mm para a Coyote e 44m para a minha menina, os chumbos usados em ambas as armas foi o sempre fiável JSB Exact 8.44gr.
Confeço que não esperava que uma springer de cano articulado com apenas 3,1kg e uma mirazita Hawke 4-12X40 AO desse a réplica que deu a uma PCP o que mais uma vez me deixou surpreso com o cano e com os pozinhos que lhe tenho adicionado aos poucos, fiquei mais contente por saber que a Coyote está regulada e porque o amigo Marcos não é propriamente um mau atirador embora estejamos os dois longe de exímios atiradores, acho que estamos ao mesmo nível sensivelmente e as armas ao que parece também.
Quero salientar que nas fotos de telemóvel as distâncias parecem sempre superiores ao que na realidade são como tal não se deixem enganar, nós tínhamos um alvo a 50m e dali até ao pinheiro ambos avaliámos que seriam sensivelmente 25m, avaliámos porque obviamente não fomos medir.


Estas duas primeiras fotos foram tiradas no dia seguinte porque me esqueci de tirar no próprio dia, a seta indica o pinheiro onde os alvos foram colocados

Estes foram os dois primeiros alvos, o de cima da Coyote e o de baixo da HW50.
Tive ali um erro que não levei em conta visto ser um erro do atirador e não da arma, é que com 6X a esta distância o 4º dot tapava quase toda a parte clara do lado superior direito.

Agora mais ampliado para se verem melhor os grupos de 10 tiros em cada alvo







terça-feira, 3 de julho de 2018

Objectivo cumprido - Mestre Atirador



O objetivo para esta época não era nem podia ser o da luta pelo título de campeão nacional nas springers internacional 16j.
Ainda muito me falta aprender, seja a nível de perceção das condições atmosféricas, aperfeiçoamento técnico e metodos de treino, ergonomia da arma e claro, evolução em equipamento, mira telescópica de topo, casaco e mais uma série de coisas mas principalmente estas duas.
Para já se não fiz melhor não foi por culpa do equipamento que tenho ou até do que não tenho, o que tenho ainda continua a ser melhor que eu, é certo que exceptuando a arma, o resto não se pode considerar de topo embora não seja também do mais básico, certo é que penso que tenho feito a minha parte com o que tenho e isto a meu ver é a parte mais importante caso contrário ficava em todas as provas atrás daqueles que têm melhor equipamento o que esta época até ver nunca aconteceu, houve sempre alguém com equipamento completo e de topo a ficar atrás de mim ainda que com mais experiência.

Ao lerem o que acabei de escrever podem achar que me falta alguma modéstia, não, não falta, tenho consciência das minhas limitações e ainda que possa ter ficado em algumas provas à frente de alguns atiradores com mais experiência e mais bem equipados, no final a classificação no campeonato  irá refletir o real valor de cada um, o que acabei de escrever é a realidade e é  a minha cenoura para continuar.

Este post até pode parecer um balanço de época com a época ainda em curso. Sim e não, sim porque estão decorridos 4/5 do campeonato e o objetivo está cumprido e não porque na última prova pode acontecer alguma coisa de muito bom ou muito mau mas não será uma ou outra coisa que me vão fazer alterar a minha opinião.

Estou na minha segunda época e Portugal tem vários Atiradores de nível mundial  com experiência, técnica, conhecimentos e equipamento, têm tudo aquilo que ainda me falta e que nem sei se algum dia virei a ter.
No início desta segunda época de campeonato a competição é comigo mesmo, o objetivo é ou era em primeiro lugar divertir-me a fazer uma coisa que me dá um enorme prazer e ao mesmo tempo ganhar mais bagagem mas desde o fim da época passada que disse a mim mesmo que com treino e dedicação talvez fosse possível chegar a Mestre Atirador o que acabou por acontecer na quarta prova do campeonato em Reveles. Claro que para muitos que lá andam a atirar para os lugares cimeiros isto não é nada de mais embora não acredite que não tenha sido relevante para eles o momento em que alcançaram esta insígnia.

A época ainda não terminou mas já tenho objetivo para a próxima, fazer um pódio, se o fizer não será a primeira vez mas a vez que o consegui ainda hoje não sei como foi possível, hoje acho que simplesmente aconteceu porque possívelmente os Prós tiveram um dia mau e desta forma o segundo lugar por e simplesmente aconteceu mas para o ano quero pensar que o vou conseguir porque evolui e que o consegui fruto da minha evolução.

O certo é que este objetivo já tá.
Venham mais balázios e cada vez melhores para mim e para vocês que têm pachorra para ler esta espécie de diário da vida de um atirador.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Atirador VS Qualidade do material

Antes de mais devo desde já dizer que com material melhor, leia-se, arma, mira telescópica e munição de boa qualidade se conseguem melhores resultados do que com material de qualidade inferior, esta parece-me ser uma verdade de La Palisse.
Penso que também ninguém ficará espantado se disser que um atirador experiente terá sempre melhores resultados que um atirador inexperiente ainda que atire com material inferior ao atirador inexperiente.
Não fiquem a pensar que vão ler um testamento com coisas que já todos sabem, o que vão ler a seguir são coisas do conhecimento geral mas que no terreno não é bem o que se constata.
Obviamente que todos nós quando começamos uma atividade desportiva temos a ânsia de conseguir que os resultados apareçam o mais rápido possível, sonhamos com o dia em que estamos a discutir o lugar mais alto do pódio com o nosso ídolo.
Ao olhar para o nosso ídolo a primeira coisa que nos salta à vista é o equipamento de topo, casaco, arma, mira e toda a parafernália de acessórios que se junta a estas duas, a ajudar a isto as marcas fazem o seu papel, muitas vezes patrocinam das mais variadas formas esses atletas de topo, sabem que o material que eles usam leva muita gente a gastar os cobres para pelo menos se parecerem com eles.
Agora a questão é a seguinte. Será que o atirador menos experiente sabe retirar do equipamento tudo o que este tem para dar?
Eu não sou e nem sei se algum dia serei atirador de topo, não sou experiente nem sei se algum dia serei, não tenho material de topo nem sei se algum dia terei.
Dito isto, gosto de pensar ainda assim que atiro com material melhor que eu, como tal penso que quando o chumbo bate na silhueta ao invés de bater no Kill Zone ou Hit como lhe queiram chamar, a culpa não é do material mas sim de quem está atrás dele.
Desde que pratico FT tenho a sorte de ter podido falar e ouvir dicas de alguns dos melhores atiradores do mundo, obviamente que têm segredos que não contam mas por vezes ainda me dão dicas que me deixam danado por nunca ter pensado nelas, coisas básicas e simples. Com isto quero que percebam desde já que não estou aqui a descarregar Latim como se me achasse uma autoridade no assunto, com esta conversa toda pretendo apenas dizer a quem se está a iniciar no tiro ou em qualquer outra modalidade desportiva, que não tenho a certeza absoluta que começar com material muito caro seja sinónimo de sucesso imediato, há muita coisa para aprender até que se consiga tirar partido de um equipamento de topo.
Se por um lado pode ser desmotivante começar com equipamento de baixa qualidade podendo mesmo levar a que o atleta acabe por desistir da modalidade que gosta, também não posso dizer que usar material de topo seja garantia da continuidade e da glória, também o facto de se possuir o que há de melhor e não conseguir resultados idênticos aos melhores pode levar a uma certa frustração levando também ao abandono da modalidade.
Pessoalmente não posso dizer que tenha consciência de todas as minhas debilidades simplesmente porque não sei ainda o suficiente, caso contrário já as teria corrigido, uma coisa é certa, tenho ainda muitas e um longo caminho de conhecimento a percorrer o que me leva à conclusão que neste momento a minha margem de progressão será mais rápida, quanto mais rápido for a aquisição de conhecimento, é certo que também não tenho orçamento para estourar mas esta também não deixa de ser para já a minha forte convicção.
Não pensem que nas provas em que participo não olho babado para o material dos prós mas a minha consciência não deixa de me segredar ao ouvido que um atirador de topo consegue melhores resultados com o meu equipamento do que eu com o dele, fruto da bagagem de experiência e de conhecimentos que ele tem e que me falta a mim.
Não têm sido poucas as vezes e modéstia à parte até já comigo aconteceu, conseguir em algumas provas melhores resultados do que outros atiradores com melhor equipamento, ainda assim sei que só é possível devido ao muito treino e à incessante busca por aprender sempre mais e mais, infelizmente não consegui ainda ter oportunidade de conhecer a fundo a Falcon como espero vir a conhecer, bem como fazer algumas experiências que acredito que me façam subir mais alguns degraus.
Aqueles que seguem o blogue há algum tempo sabem perfeitamente que aqui vou escrevendo sobre o que vou aprendendo, coisas até que se eu voltar a ler daqui a alguns anos me farão rebolar de riso. Porquê? Porque algumas estarão erradas ou apenas parcialmente erradas, talvez este meu conceito seja um deles, neste momento o que vou constatando em todas, sim todas as provas, é que os lugares na tabela classificativa não estão ordenados em função do que se gasta em material de tiro, neste momento acredito piamente que no final do campeonato ganha aquele que obviamente tem um bom equipamento mas que a isto junta muito conhecimento e muito treino e quando falo em treino não me refiro apenas a gastar chumbo, refiro-me ao treino com método, com análise do que está certo e errado, treino físico, treino psicológico, treino em locais diferentes e em diferentes condições de luz, temperatura, humidade, inclinação e por aí fora.
Atirem, divirtam-se mas não comecem logo com uma réplica do equipamento do campeão do mundo sob pena de serem admirados pelo que têm mas não pelo que conseguem fazer com aquilo tudo.
Bons balázios. 
 


terça-feira, 12 de junho de 2018

Walther LGV Spezial

Na tarde do último domingo passou-se mais uma tarde de volta de duas armas do mesmo freguês, uma HW97k para colocar um kit de guias de mola e reduzir um pouco a potência e a que realmente me deu mais prazer, a Walther LGV Spezial, senhora já de meia idade, apesar de não necessitar de grandes cuidados, tenho sempre mais algúm carinho com as menos jovens.
Hoje público uma foto das entranhas da senhora porque ainda não tinha por aqui passado nenhuma.
Fica a foto.

domingo, 27 de maio de 2018

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Porque é que gosto tanto das springers

Afinal não sou o único maluco no mundo  que já atirou com PCPs mas prefere as springers.
Grande senhor do Airgun, aqui está um dos motivos pelo qual tanto gosto deste canal e por isso o sigo religiosamente.

https://youtu.be/3Z9gKdaZISY