domingo, 26 de fevereiro de 2017

Quando uma springer tem demasiada potência.

Tenho atirado muito à noite dentro de uma garagem mas hoje foi na rua e a 45 metros.
Os amigos do Je gostam mesmo é de PCP mas como eu gosto mais de springers, não podia deixar passar a oportunidade de comparar uma HW80 com muitos Joules (demasiados) com a minha HW50S de apenas 14j, (a fisga) como eles lhe chamam. Os resultados não foram brilhantes, a 80 tinha uma mira de apenas 12X, resolvi usar os mesmos 12X na 50, o alvo vê-se relativamente bem mas o vento não, do vento não se via mesmo nada por ser noite e como estava às cegas apontei sempre para o centro do alvo.
Atirei em posição de BR com apenas um saco de arroz a servir de base para cada uma das armas, os grupos foram de 10 tiros e penso que ficou provado que demasiada potência, não serve para coisa nenhuma numa springer, já nas duas PCP dos meus companheiros de balázios a coisa é bem diferente mas como a ideia hoje foi apenas demonstrar que uma springer com muito power não tem a mínima hipótese com uma outra com um pouco menos de metade da potência, ainda que a mais potente seja em calibre 5,5 e a menos musculada seja em 4.5.
Como disse não era possível ver o vento porque se fosse a diferença teria sido um pouco maior, não lamento contudo que não tenha sido possível compensar o vento, é que um projétil com mais do dobro do peso, disparado a mais do dobro da energia é menos afetado pelo vento logo a dispersão do grupo da HW50 deve-se mais ao vento, já a dispersão do grupo da HW80 fica a dever-se sobretudo ao incremento de potencia numa arma que de fábrica já é bastante potente. Desta forma prova-se de forma clara que de nada serve ter uma springuer com demasiada potencia porque só fica a perde em precisão, saliento no entanto que qualquer uma das armas tem alterações por forma a melhorar os agrupamentos.    

Estes dois querem é PCP

Iluminação artificial dos alvos

Ficavam assim

A HW80 com a Hawke Panorama 4-12×50





A HW50S com a Hawke Varmint 6-24X44 SF


10 Tiros com a HW80

10 Tiros com a HW50

domingo, 19 de fevereiro de 2017

História da Diana

A Diana nasceu na Alemanha em 1890 na cidade de Rastatt, fundada por Jakob Mayer e Josef Grammelspaher e a 31 de janeiro de 1908 nasce a primeira arma da marca, ao que parece uma pistola de ar comprimido de carregar pela boca.
Infelizmente a Diana por interesse próprio, por falta de organização ou devido à guerra não tem documentos com os seus modelos e números de série organizados cronologicamente, existe algum trabalho feito curiosamente nos EUA pelo Dr. Beeman que importava para este país armas de ar comprimido.
Do pouco que conheço da marca e dos modelos mais recentes, sei apenas que algumas armas têm dois dígitos gravados algures na ação que nos dizem o ano de fabrico.
Pessoalmente acredito que devido à quantidade de bombas que foram despejadas na Alemanha entre 1939 e 1945 durante a segunda guerra mundial se tenham perdido, não só as pessoas que trabalharam na fábrica e que poderiam acrescentar algo à história mas também todo o arquivo da empresa até ao fim da guerra, fábrica que produziu até peças para a Mauzer.
Sabe-se no entanto que entre 1930 e 1947 as armas desta marca serviram como armas de treino no exercito alemão, a seguir à segunda guerra mundial chegaram mesmo a fabricar-se na Escócia depois dos Ingleses terem garantido os direitos de fabricação de ferramentas, máquinas e peças de armas. Os irmão Millard de Londres produziram então na sua fárica (Milbro - Millard Bros.) na Escócia e exportando a marca para os Estados Unidos sob o nome de Daisy embora nunca fabricando o Mod.27 com este nome, no entanto tiveram a necessidade de adicionar o logo "Original" para desta forma evitar a confusão. Nos EUA muitos ainda hoje pensam que quem fabrica esta marca é a RWS, marca que apenas exporta a Diana para a América.
Devido ao pouco que se sabe sobre esta mítica marca de armas deixo algumas fotos de modelos que resistiram até aos dias de hoje e outros que não sendo dos mais antigos são dos mais emblemáticos.




Diana Mod.15 em 4,5 (.177)






Mais tarde surgiu então o medelo 27 já com gatilho ajustável, tornando-se famosa na altura precisamente por este facto

Primeiro Mod. 27




Em 1924 nasce a pistola de carregar pela boca



O já bem mais recente mod. 6G Recoilless



Em 1960 surge o primeiro modelo da marca sem recuo, o mod. 60, uma carabina de cano basculante


Modelo com coronha Tirolesa


Diana Mod.75




Em 1980 a famosa mod. 48-52 de longo alcance com cano fixo e de alavanca lateral (sidlever)



Em 2000 o mod. 350 Magnum, a arma de mola mais potente do mundo com um V.O de 380 m/s.




2011 a PCP P1000




em 2014 a marca dá-nos a conhecer o sistema N.TEC com piston a gás e nesse mesmo ano é comprada pela German Sport Guns


Em 2016 a Diana atualiza a 54 Air King com a 56 




Para conhecerem toda a atual gama de armas acessórios, chumbos e ótica fica o Link
Catálogo da marca



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

História das marcas de armas de ar comprimido.

Sei que estou a enveredar por um caminho sinuoso ao vir aqui trazer a história de algumas marcas tão antigas e conceituadas mas como já referi no post anterior a minha intenção não é nem pode ser a de fazer um levantamento exaustivo da história das marcas o que daria um livro para cada uma como tal vou trazer apenas informação mais básica para que se fique a conhecer um pouco mais sobre as marcas. Estamos na presença de um blog que não nasceu para ser popular, aqui pretendo sobretudo anotar todo o conhecimento teórico e prático que vou acumulando sobre o maravilhoso mundo das armas de ar comprimido, no entanto ao criar o blog pretendo não só enriquecer a minha cultura mas também a de todos aqueles que com mais ou menos regularidade seguem este blog e que em alguns casos estão a dar os primeiros passos tal como eu no início desta aventura. Para tal, obviamente que a participação de todos os que por aqui passarem é sempre bem vinda, sejam eles mais ou menos experientes que eu nesta matéria, por vezes até as perguntas a que não sei responder me vão obrigar a pesquisar e a ganhar um pouco mais de conhecimento transportando-o para aqui.
Como é óbvio, estou muito longe de ser uma entidade no mundo do ar comprimido, ao longo do pouco tempo que levo de Balázios adquiri alguma bagagem mas muito ainda tenho a aprender, não só com os mais experientes mas também com os que estão a dar os primeiros passos, posso dizer que muita coisa sobre o mundo tenho aprendido com os meus filhos.
Não vou tornar este post muito mais longo até porque tornar-se-ia maçador, hoje apenas quero esclarecer quem por aqui passar e pretender conhecer a história das marcas que não vai encontrar nada muito elaborado, aqui vão quanto muito saber apenas a origem, os criadores e os modelos mais emblemáticos, não vou fazer comparações nem opinar sobre as mesmas porque as marcas quando nascem têm targets definidos logo, nem sempre são comparáveis, também não posso como até aqui assegurar que todas as semanas sairá uma história, pelo meio podem surgir outras estórias ou até mesmo acontecimentos que me façam vir aqui escrever umas linhas.     
Fiquem bem e mandem uns balázios sempre que possam.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

História da Feinwerkbau

Ao fazer o comparativo do último post é impossível não pensar na riqueza histórica destas duas marcas alemãs que infelizmente por razões também elas históricas levaram este país a especializar-se entre muitas outras coisas na produção de armas de ar comprimido.
Vejamos então em primeiro lugar o porquê da Alemanha ser o país onde nasceram as melhores armas de ar comprimido e quando falo de ar comprimido não estou a falar das primeiras obviamente, essas nasceram na selva, onde se disparavam dardos soprando-os dentro de tubos derivados de plantas, as armas de ar comprimido com a forma de carabina ou pistola já aqui falei há uns tempos, segundo sei a primeira foi mesmo uma PCP com o nome do seu inventor italiano Girandoni, já lá vão alguns secúlos. As armas de ar comprimido a que me estou a referir concretamente são as mais usuais, as de mola, as que mais gosto e as que melhor conheço, são estas as que nasceram num país impedido de fabricar armas de fogo a seguir à segunda guerra mundial e sendo a Alemanha um pais altamente desenvolvido tecnologicamente obviamente que não deixou de inventar, reinventar e desenvolver produtos da mais alta qualidade, claro está que um país acabado de sair de uma grande guerra não se esquece das armas e se não pode construir as de fogo então que se desenvolvam e construam as de ar comprimido.
Marcas como Diana, Weihrauch, Walther, Feinwerkbau e Anschutz são apenas alguns dos exemplos das de mais elevada qualidade e dos contrutores mais consagrados mundialmente, outras marcas de grande qualidade nasceram também no Reino Unido como sejam a BSA e a Webley mas não com o requinte tecnológico das alemãs, marcas como a Air Arms criaram armas com a base mecânica da Weihrauch HW77 embora desenvolvida e muito bem.

Agora que já dei um lamiré do porquê das melhores armas de ar comprimido terem surgido na Alemanha, vou então falar um bocadinho da Feinwerkbau, até porque também não conheço assim tanto da marca para vir aqui dar uma grande palestra.
A Feinwerkbau foi fundada na Alemanha em Oberndorf no ano de 1949 por Karl Westinger e Ernest Altenburger ambos antigos funcionários da Mauser onde o primeiro tinha sido um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do projeto da pistola Mauser C96, na decada de 50 a possibilidade de produzir armas de fogo na Alemanha não era equacionável, a empresa direcionou-se para a produção de peças mecânicas e maquinas (calculadoras eletromecânicas) e só no final da década de 50 se voltaram para a construção de uma carabina de ar comprimido de excelência surgindo então em 1963 a LG150 nome de código e dois anos mais tarde a primeira pistola, tanto uma como a outra foram direcionadas para o mundo do desporto ou seja, eram e são ainda hoje armas de tiro ao alvo e não de caça, filosofia que se mantém até aos nossos dias mas agora já com armas de fogo no catálogo embora sendo apenas no pequeno calibre .22LR. O desenvolvimento da FWB150 que muitas medalhas importantes conquistou deu origem à FWB300s um ícone da história mundial nas carabinas de cano fixo para a prática do tiro em papel a 10m o que levou Robert Beeman, importador da Weihrauch para os EUA a dizer que a FWB300s é a única arma não Beeman que gostaria de ter se de repente fosse forçado a escolher apenas algumas armas da sua colecção, os outros modelos seriam o R1, o R7 e o P1.
Obviamente que a história da marca não termina neste modelo, a marca tem no seu catálogo muitas outras referências em PCP inclusive e que veremos de seguida em algumas fotos.

Espero que tenham gostado e se gostaram não se esqueçam de dar um joinha e subscrever o nosso canal. Se fosse um video do Youtube seria assim que terminava mas como é o meu bloge e não vivo obsecado com o número de visualizações ou likes espero apenas que quem venha a ler este texto fique um pouco mais rico culturalmente, eu pelo menos fiquei e estou a pensar fazer o mesmo em relação a outras marcas deste tipo de armas.

Ficam as habituais fotos de alguns dos modelos miticos da marca.



Feinwerkbau 65

 Feinwerkbau 110

 Feinwerkbau 124

 Feinwerkbau 300s Universal

 Feinwerkbau 601

Feinwerkbau 800

Agora em fogo .22LR
Feinwerkbau AW 93

Feinwerkbau 2700 .22LR



Para quem quiser conhecer melhor todos os modelos da marca fica o Link
Catálogo da marca