quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Diana 54 Air King 4,5 (.177)

Que eu saiba a Feinwerkbau 300s, foi a primeira arma com um sistema em que a ação desliza numa calha o que leva a que o atirador praticamente não sinta o recuo da arma.
Este sistema parece ter feito escola e marcas como a Diana e a Air Arms fabricaram carabinas baseadas neste projeto, os britânicos da Air Arms com a TX200 SR e a Diana com este modelo 54 de que hoje aqui vou falar.
A minha curiosidade era imensa, não só por experimentar um sistema que já conheço noutra marca mas principalmente para perceber como é que o sistema se comporta numa carabina magnum que recua 15mm na coronha com o disparo por forma a corrigir erros de empunhadura e assim retirar sensibilidade à arma, a Fein. é uma arma de tiro olímpico logo pouco potente por isso eu queria perceber também até que ponto esta Diana 54 levaria vantagem comparativamente a outras armas também elas de cano fixo que são referências neste segmento mas sem este sistema recoiless.
Em primeiro lugar devo dizer que esta Diana não é apenas cara tal como as suas irmãs, esta é mesmo muivo mais cara que  uma HW97 ou mesmo uma TX200.
A principal qualidade que uma arma deve ter é a precisão, depois se tiver beleza, bons acabamentos e potência melhor ainda. Como já aqui disse várias vezes e até já expliquei, as armas de ar comprimido e as de mola mais concretamente não devem ser muito potentes sob pena de perderem aquela que para mim deve ser a principal qualidade de uma arma, seja ela de que tipo for. Contudo esta Diana apesar de não me ter parecido ser uma referência em precisão fiquei com a clara ideia de se tratar de uma springer magnum de grande precisão, coisa que não se encontra facilmente, obviamente que não conheço assim tantas springers para poder afirmar que esta é a que tem melhor relação potência/precisão até porque depois de já ter atirado com uma Webley Patrot nunca mais direi que é impossível uma pressão de ar ter uma potência descomunal e ainda assim ser precisa.
Ainda em relação à precisão não se pode dizer que esta Diana 54 Air King seja uma arma invejável que a leve para o mundo da competição embora tenha um bom peso para tiro apoiado, o que faz dela uma excelente arma com potência que pode ser útil nos paises onde se caça, o problema é que em Portugal não se pode caçar com ar comprimido logo a potência não é algo que nos faça assim tanta falta mas também nos países onde se pode caçar não será talvez muito boa ideia carregar com uma arma destas durante uma manhã ou uma tarde inteira, isto é coisa pra mandar um ombro a baixo.
Outro aspeto de grande importancia numa arma é o gatilho, dele depende grande parte do sucesso do tiro e este embora não tivesse pesado mas também não me impressionou, parafusos para o afinar não faltam mas como não conheço o mecanismo a 100% e a arma não é minha não me meti em aventuras. Para armar esta menina teremos de apelar ao físico é que apesar de uma alavanca até comprida (395mm) o certo é que é preciso alguma força que em tiro continuado acaba por fazer mossa no braço. Outra particularidade desta Diana é a massa de mira ter ajuste vertical deslizando num carril para subir ou descer. No que toca a acabamentos também não fiquei impressionado, boa madeira, boa oxidação, uma borrachinha macia para encostar no ombro mas nada de extraordinário.
Para testar a Diana usei uma mira telescópica Leapers 4—16X40 AO  com montagem monopeça da Hawke e para o teste foram usados cinco projéteis diferentes a 18 e 50 metros inclusivamente o chumbo da casa, o RWS Superdome, para além deste usei também da JSB o Exact e o Heavy e da H&N o FTT e o Baracuda ou seja, aqueles que para mim são os chumbos de qualidade mais correntes. Finalmente não posso deixar por dizer a velocidade e energia média que deu ao fim de dez tiros com o chumbo de referência nestas e em muitas outras coisas, o JSB Exact de 0,547g ou 8,44gr. Velocidade, 931.6 fps que dá 283.9 m/s e uma energia de 22J  
De realçar ainda o gatilho o T01 com segurança automática e à imagem da Air Arms TX200 também aqui podemos encontrar uma pequena patilha do lado esquerdo da ação que serve para libertar a camara após bascular a alavanca, finalmente importa referir o comprimento do cano, 450mm ou seja 20 polegadas.
Mas vamos às fotos da prache para que se fique com uma ideia melhor do que acabaram de ler.



Grupos a 18 metros

 Grupos a 50 metros

Chumbos usados no teste

 A Diana


 O teste a 50metros

 Fotos de pormenor





9 comentários:

  1. Uma arma muito bonita, na minha opinião.

    Confesso que fiquei bastante desiludido com a precisão a 50 m. A tua TX 200 ou a HW 50 fazem resultados muito melhores.

    Até mesmo a minha Cometa Fenix 400, em 5,5 mm, faz resultados semelhantes, por uma fração do preço.

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  2. Eu não queria chegar a tanto, o certo é que o algodão não engana.

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  3. Esqueci-me de colocar o link para um alvo da Fenix 400 a 50m:

    https://goo.gl/photos/YcUeLYigEngYmUFQ7

    Podem-ver-se lá grupos muito semelhantes ou até marginalmente melhores que os desta Diana.

    As duas pintas de cima foram feitas com chumo H&N selecionado individualmente da caixa, em perfeitas condições.

    As pintas de baixo foram feitas com chumbos selecionados da caixa, onde todos eles tinha uma qualqer deformação na saia.

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  4. Essa de fazer grupos com os chumbos bons de uma lata e com os menos bons da mesma lata foi uma ideia de que nunca me tinha lembrado ainda que muito bem pensado, se bem que para o teste ser um pouco mais cientifico deveriam ter sido pesados também mas uma balança como deve de ser custa umas centenas de Euros, por outro lado esses grupos só provam uma coisa que digo há muito, a Cometa com os seus canos martelados a frio está a um nível muito bom, principalmente se olharmos para o preço das armas.
    Curioso também é comparar os grupos da coluna direita, em que os menos bons superaram os bons. só me vem à cabeça uma explicação, os chumbos menos bons numa marca como a H&N não são assim tão maus ou tão imperfeitos e pequenas imperfeições não serão grande problema para canos com choke que acabam por padronizar chumbos com baixo nível de imperfeição.
    Já agora se esse teste tivesse sido feito por mim eu acabaria por não notar grandes diferenças, é que eu não sei porquê mas tendo a fazer grupos de dez tiros logo, a contenda teria ficado praticamente empatada.

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  5. Os chumbos menos bons tinham deformações assentuadas na saia devido a uma queda da lata. Quero repetir este teste com outro atirador para servir de controlo.

    Concordo contigo ao dizeres que o choke da arma corrigiu as deformações nos chumbos.Em relação ao grupo dos chumbos deformados que superou o dos perfeitos acho que a culpa é do atirador.

    Temos que repetir este teste, adicionando também o peso dos chumbos. Eu tenho uma balança de precisão.

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  6. Já sabes onde e a partir de quando podemos fazer o teste, quanto à balança é como digo se for daquelas em que pesas o mesmo chumbo 5 vezes e 5 vezes ela te dá o mesmo peso podes tirar conclusões relativamente a este fator, agora se for das de 10€ temos a burra nas couves.

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  7. A balança que tenho custa cerca de 60€ e é usada na recarga para pesar a pólvora:

    http://www.lymanproducts.com/lyman/scales-measures/Microtouchscale.php

    Acho que é suficientemente precisa para este teste.

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  8. Para ser sincero, não percebo nada de balanças, sei que a prózada usa umas que custam alguns trezentos paus e que essas mais baratas de 10€ que por aí andam pelo olx não têm precisão nenhuma porque de cada vez que lhe metes o mesmo cumbo em cima, cada vez que te dá um valor, aimda que tenhas muito cuidado ao colocar sempre no mesmo sítio.

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    1. Eu agradeço a tua observação, gosto sempre de aprender com quem não é ignorante como eu.
      Já agora diga-me lá em que modalidade desportiva é que esta arma é usada?
      Obrigado desde já.

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