quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Anatomia do tiro preciso



Este será porventura um se não o mais longo tópico deste blog, talvez por ser para mim o mais importante, neste tópico venho partilhar aquilo que com o pouco tempo que levo de tiro mais a sério já aprendi, não só com o que tenho lido mas também com o que tenho comprovado no terreno.
O que é um bom tiro? Um bom tiro é disparar um projetil e acertar exatamente no local pretendido, embora acertar no local pretendido só por si seja um pouco vago, com a melhoria das nossas capacidades técnicas vamo-nos tornando cada vez mais exigentes e cada vez vamos querendo acertar em alvos mais pequenos e a maiores distancias.
Bons tiros já todos fizemos, embora o que para uns seja bom para outros poderá não o ser certamente, se para uns acertar numa lata de refrigerante a 50m ou num garrafão a 100m é um bom tiro, para outros bom é acertar numa moeda a 50m e numa lata de refrigerante a 100m, tudo depende muito do equipamento e da pericia de cada um, importante acima de tudo é que o atirador se divirta com o que tem e sabe e não crie expectativas demasiado altas tendo em conta a precisão da arma que possui sobe pena de abandonar um desporto que tanto prazer proporciona, um bom tiro será sempre aquele que iguale ou supér as nossas expectativas tendo em conta as nossas capacidades e as capacidades da arma. Com isto não quero a dizer que seja impossível acertar numa moeda a 100m com uma qualquer arma mas se o fizerem não se julguem bons atiradores, corram é rapidamente até à casa de sorte mais próxima e joguem no Euromilhões.
Um bom tiro isoladamente não significa também que se seja bom atirador, o bom atirador é aquele que segundo a precisão da arma, acerta o centro do alvo de forma constante, esta é a diferença entre um atirador e um bom atirador, o bom atirador faz bons tiros constantemente, um atirador só os faz de vez em quando como é o meu caso, obviamente que para fazer bons tiros constantemente teremos de reunir uma série de condições como adiante iremos ver, até um bom atirador pode fazer maus tiros se não reunir uma grande parte dos items que irei enumerar e tentar explicar.

Para fazer bons grupos (serie de tiros muito próximos do ponto em que se quer acertar) é preciso em primeiro lugar ter uma boa arma e o que é uma boa arma? Uma boa arma terá forçosamente de ter uma construção sólida e estar dimensionada para o seu utilizador, tal como o quadro de uma bicicleta tem de se ajustar ao tamanho do ciclista, uma arma deverá nas suas dimensões e peso estar ajustada a quem com ela vai atirar, para que se tenha uma ideia mais clara posso dizer que as armas dos snipers dos dias de hoje estão desenhadas para a sua morfologia para que delas se consiga tirar o máximo rendimento em função das capacidades daquele que as utiliza.
Mas não é sobre este tipo de armas que aqui venho falar, até porque nem tenho conhecimentos sobre armas de fogo, este é um blog dedicado ao tiro com ar comprimido e às experiências que dele tenho retirado. Uma boa arma de ar comprimido não se fica apenas pelo seu desenho, obviamente que para se poder dizer que estamos na presença de uma boa arma é essencial que esta tenha uma sólida construção, sem folgas e no caso das springers, (armas de ação por mola) que são as mais usuais, devem acima de tudo ser construídas a pensar na ausência de vibrações, pois são estas que se propagarem pela arma até ao cano no momento em que o pistom choca com o fundo da câmara, são elas as grandes responsáveis pelos grupos que nos dão cabo da cabeça. No entanto não se pense que as boas ou as excelentes armas de mola não têm vibrações, têm-nas de facto, são é muito menores que nas armas de qualidade inferior, aliado a este facto estão também canos construídos e projetados para resistir a este efeito vibratório, o chamado efeito armonio ou seja, o vibrar sempre com a mesma frequência. 
 
Começando pelo cano devo dizer que a qualidade deste é entre as várias qualidades das armas uma das mais importantes, o cano de uma arma não é apenas um tubo com estrias no seu interior, esta importantíssima peça deve ser fabricada com aço de elevada qualidade sendo que atualmente os melhores são os martelados a frio, o cano das armas são peças de alta engenharia onde as preocupações estão focadas em coisas como a qualidade do aço, o efeito armonio, o tipo e numero de estrias bem como o seu passo, a coroa (chanfre no final da parte interior do cano), no choque (estreitamento nos últimos centímetros percorridos pelo projetil no interior do cano por forma a padronizar o projetil) e muitas outras coisas que se calhar nem me passam pela cabeça.
Uma boa arma deve ter também bons vedantes, se os vedantes  forem de fraca qualidade e permitirem fugas vão certamente provocar tiros a velocidades inconstantes com as consequências obvias.
As miras ou mecanismos de pontaria devem também ser precisas e robustas, precisas para que se possam alinhar de forma efetiva e robustas para que não desalinhem com facilidade.
A arma não deve ser demasiado leve, ao contrario do que se possa pensar uma arma pesada é mais estável que uma leve, no caso das de ação por mola, o seu maior peso vai contribuir também para contrariar o recuo.  
O gatilho, o gatilho é outro dos componentes que mais contribuem para uma arma precisa, gatilhos pesados e sem afinação prejudicam substancialmente a precisão do tiro, quanto mais força for precisa para o acionar maior tensão irá provocar na musculatura do dedo e do braço levando a que se trema no momento do disparo ou que não se consiga disparar no momento pretendido.
 
Munições, é impossível produzir bons tiros com munições de baixa qualidade, os projeteis devem em primeiríssimo lugar ser de muito boa qualidade, sem rebarbas ou deformações para que ao abandonarem o cano sigam uma trajetória retilínea e girando sobre o seu próprio eixo, devem também ser calibrados em peso e dimensões, facilmente se percebe quando  os chumbos não são calibrados, ao introduzi-los no cano vamos notar que nuns teremos de pressionar um pouco mais que noutros para que entrem no orifício.
No mercado existem neste momento várias marcas com variadíssimos modelos de chumbos de elevada qualidade e por muito que gostemos desta ou daquela marca e modelo será sempre a arma a escolher o projetil e não o atirador, é obrigatório testar o maior numero de modelos possível para que se possa concluir com qual é que o cano da arma casa melhor, eu disse obrigatório. 
Diferentes chumbos têm diferentes coeficientes balísticos como tal sempre que se muda de chumbo em função daquilo que se pretende teremos de zerar a arma e refazer a curva balística para aquele projetil.    
 
Miras, já falei nas miras abertas, agora vou falar nas telescópicas desprezando outros sistemas de mira menos usadas como sejam o red dot ou o dioptro, até porque este tipo de miras são sistemas que não domino minimamente logo é preferível não dizer asneiras.
Tal como a arma, a mira telescópica deve ser de construção robusta e digo isto novamente a pensar nas armas de mola por serem as mais usuais e que maiores danos provocam nestes mecanismos de pontaria devido ao recuo, as armas PCP como são praticamente isentas de recuo logo menos exigentes quanto à robustez mas como disse anteriormente tal como as miras abertas também as telescópicas necessitam de mecanismos de regulação precisos e robustos, neste caso as chamadas torres, estas devem ser precisas e com clicks bem pronunciados para que se possam sentir facilmente e não desalinhem com facilidade, algumas têm mesmo mecanismos de boqueio depois de reguladas, as lentes devem ser cristalinas deixando passar a luz até ao nosso olho com a maior facilidade possível, quanto melhor for o polimento do vidro, melhor é a imagem e mais cara se torna a mira.
Existem muitos tipos de reticulo mas eu uso e aconselho aqueles que tenham mil dot ou seja, aqueles pontinhos que a maioria das pessoas pensam servir apenas para compensar a queda do projetil ou compensar o vento mas que na realidade foram criados para medir distancias.
Com regulação de paralaxe, que pode ser frontal ou lateral, AO ou SF respetivamente, para quem não sabe o que é a regulação de paralaxe aqui fica a explicação simplista para este caso concreto, é a forma de alinhar o alvo com o reticulo e com a vista do atirador no momento em este que faz pontaria, nas miras abertas entre o alvo e a vista do atirador existem dois ponto que anulam este efeito quando alinhados, a alça de mira e a massa de mira frequentemente chamada de ponto de mira, nas miras telescópicas como só existe um ponto que é o centro do reticulo  é necessário este mecanismo que serve para anular este erro, é também através da regulação de paralaxe que nas miras de melhor qualidade se medem as distancias ao alvo por forma a ter a perceção  da queda que o projetil sofre por influencia da gravidade, nas miras que não possuem este mecanismo de regulação não significa que este efeito tenha sido ignorado, o que acontece é que vem fixo a uma determinada distancia que pode ser de 100 yards ou 91m.

Não menos importante é a montagem, a peça que vai fixar a mira telescópica à arma, também esta deve ser de boa qualidade para não variar, alguns perguntarão, esta peça é uma coisa tão simples porquê de boa qualidade? Porque só as melhores se pode dizer que fixam a mira perfeitamente alinhada com o cano, caso contrario os tiros vão acabar por sofrer desvios laterais em função das distancias a que estão os alvos. As montagens estão disponíveis no mercado em uma ou duas peças, para springers de média e alta potencia as mais indicadas são as de uma única peça, para as de baixa potencia ou para as PCP podem usar as de duas peças.

No que diz respeito ao equipamento estamos conversados, agora vamos a alguns dos muitos aspetos técnicos e o primeiro é obviamente saber qual é o nosso olho diretor, a forma mais simples é esticar o braço à frente da cara com o dedo indicador ao alto e com os dois olhos abertos colocar o dedo à frente de um objeto a uma longa distancia, depois fechamos um olho seguidamente o outro e perceber qual com que olho aberto é que o objeto fica escondido pelo dedo, desta forma ficamos a saber se somos destros ou canhotos no que à visão diz respeito é que há armas com coronhas destras e ambidestras.
Seguidamente devemos encontrar uma posição estável e cómoda para efetuar o disparo que pode ser de diversas formas, de pé, sentado numa cadeira ou mesmo no chão, de joelhos e deitado, em cada uma destas formas devemos procurar a posição mais estável e confortável ou seja, aquela que melhor anule movimentos parasitas, aquilo a que frequentemente se chama tremer. Não se pense que é só a patroa lá em casa que tem manias, também estas meninas têm as suas embora infinitamente menores,  devemos procurar conhecer como ela gosta de ser agarrada, não, já não estou a falar da patroa, agora estou a falar da arma mesmo, é normal ouvir dizer que a arma é como um passarinho, se o apertamos muito ele morre, se o apertamos pouco ele foge. outra das manias destas armas é o ponto em que as apoiamos, umas gostam de ser apoiadas mais na ponta do fuste outras mais junto ao gatilho, por norma não fogem muito do ponto de equilíbrio mas nada com fazer uns grupos com diferentes pontos de apoio para lhes conhecer as manhas.
O dedo, é importantíssimo saber como se deve meter o dedo, calma, estou a falar em meter o dedo no gatilho, o ideal é a meio da primeira falange.
Há muitas outras coisas que poderia falar sobre técnicas de pontaria mas isso daria para escrever um livro e agora não temos tempo.

Agora que conhecemos o equipamento e o sabemos escolher se houver orçamento para o que se pretende, falta treinar. Treinar não é chegar à carreira de tiro e começar a gastar chumbo, treinar é pensar em todas as técnicas que referi anteriormente e em outras que não foram mencionadas e tentar agrupar, treinar é tentar perceber porque é que não estamos a conseguir agrupar, porque cargas de água saiu um flyer quando o grupo estava a correr tão bem, treinar é disparar com a respiração controlada, é saber que não devemos deslocar a arma imediatamente após o disparo, é perceber que os tiros saem melhor se os fizermos com os dois olhos abertos, é no fundo apertar o gatilho no momento em que aplicámos todas as técnicas que aprendemos, é saber que depois do gatilho apertado nada mais podemos corrigir.

Tudo isto é muito bonito mas ainda assim não basta para eu poder dizer que vou mandar uns grandas balázios.
Mesmo sabendo tudo isto dificilmente vou conseguir fazer alguma coisa ao nível do que sei se chegar ao campo de tiro para fazer uns tiros à pressa ou se lá chegar e começar na palheta com o vizinho do lado. O estado de espirito tem enorme influencia, não adianta ficar irritado com a arma ou achar que não se tem o mínimo de jeito para a coisa, manter a calma e tentar perceber onde está o erro é fundamental para que se possa evoluir, por norma os equipamentos são melhores que nós como tal resta-nos admitir que os erros são nossos e tentar percebe-los ao ponto de os conseguir corrigir. Finalmente as coisas que não dependem de nós e que só nos resta tentar anular ao máximo, estou a falar das condições atmosféricas, tais como o vento ou o frio, querer fazer grandes tiros em dias de ventania é só estupido, quanto muito podemos ficar contentes por ter corrido acima das nossas expectativas dadas as condições atmosféricas, atirar com um frio de rachar em que nem se sente o dedo não se vai de certeza conseguir os melhores tiros da nossa vida. Para se atirar bem temos também de saber interpretar o as condições climatéricas, para que melhor se compreenda como um tiro é sensível ao clima devo dizer que variações na pressão atmosféricas influenciam a trajetória do projetil.

E pronto, espero com esta retorica toda vir a ajudar alguém ou que pelo contrario, que alguém me venha corrigir num ou noutro aspecto em que me tenha espalhado ao comprido.
Quero relembrar que não sou praticante a nível competitivo ou atirador de carreira mas ao olhar para traz lembro-me da forma como procurei informação e como um texto destes me tinha poupado tempo e dinheiro, ainda tenho muito mas mesmo muito para evoluir até me considerar um bom atirador mas não custa nada partilhar o pouco que já aprendi e que considero ser o básico.
Até breve.




   

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Diana Panther 21 4,5

Como sabem não sou perito na matéria mas sempre que me passa pelas mãos uma arma que não conheça gosto de mandar uns balázios para depois tirar conclusões admitindo sempre que possam não estar totalmente corretas ok mas são as minhas conclusões, aquelas que segundo a minha sensibilidade e conhecimento dão para perceber.
Curiosamente e apesar de neste momento não possuir nenhuma Diana, venho aqui fazer dois posts seguidos com duas armas desta conhecidíssima marca germanica. No caso desta 21 tenho a agradecer ao amigo António que uma semana depois de a ter adquirido conheceu a minha também alemã HW 77SE e nesse mesmo dia comprou também ele uma HW77 e logo decidiu vender o novo brinquedo até então, nem uma semana passou e já estava a comprar em segunda mão uma HW100 passando a ser o segundo amigo a possuir uma destas armas mas desta vez sem se desfazer da 77. Mas deixemos a historia do António que em duas semanas passou de uma arma de iniciação para duas armas de qualidade bastante assinalável.   
Falando da Diana 21, tenho a dizer que assim que lhe pegamos, imediatamente se percebe que estamos na presença de uma arma de iniciação ao tiro, ideal para pequenos atiradores pois o seu baixo peso (não pesei mas deve rondar os 2kg), bem como a pouquíssima força necessária para bascular o cano, fazem desta piquena um verdadeiro brinquedo, a coronha construída em polímero é resistente aos pequenos riscos que por norma acontecem em coronhas de madeira logo perdoa algum descuido próprio de quem começa a dar os primeiros tiros .
A Diana 21 tem segurança automática e um gatilho de um só estágio que não sendo nada pesado ainda assim permite alguma afinação não muito diferente da que vem de fábrica mas também para esta gama não se pode exigir muita leveza sobe pena de acontecer algum disparo acidental, relembro que estamos na presença de uma arma direcionada a utilizadores com pouca ou nenhuma experiencia com armas. Assim que dei o primeiro tiro fiquei agradavelmente surpreendido com o quase nulo recuo bem como com o pouquíssimo ruído emitido, muito mas mesmo muito silenciosa, o que para tal muito contribui a sua baixa potencia 457 fps ou 140 m/s lidos por mim no Chrony com o projetil que ela mais gostou como se poderá constatar nas fotos, o chumbo é o RWS R10 também ele pertencente à Diana. A soleira de borracha é macia e com bastante grip o que me deixou também muito agradado, tal como a alça de mira que reflete bem o verde, o mesmo não posso dizer da massa de mira que pelo contrário tem dificuldade em refletir o rosa em ambiente de sombra para além de ser um pouco grossa, é verdade que com esta pequena carabina não nos podemos aventurar em tiros muito para lá dos 20/25m mas bem que a massa de mira podia ser um pouco menos volumosa.
O teste de precisão foi efetuado muito à pressa o que nada contribui para os bons resultados, por este facto peço que se dê algum desconto, eu próprio não estou muito habituado a fazer tiro de mira aberta, os disparos foram efetuados com projeteis de elevada qualidade, nomeadamente o Superdome de 0,54g e o R10 de 0,53g fabricados pela RWS, pertencentes à própria marca da arma e um dos mais senão o mais usado no ar comprimido em armas de maior potencia, o famoso JSB Exact de 0,547g,  a 18m testei o projetil que a menina mais gostava e a 10m para perceber a real precisão da arma, curioso foi o facto de com o chumbo preferido por ela não haver grande diferença nos grupos mas também achei que o grupo a 18m foi muito bom ao contrario do grupo a 10m que considero mauzinho, saliento que os tiros foram efetuados na posição de sentado com a arma apoiada num saco de arroz, surpreendeu-me contudo que não tenha gostado mesmo nada do chumbo checo, o JSB Exact 4,52.
Para concluir devo dizer que acho esta Diana 21 é uma excelente arma para quem se quer divertir no quintal em família ou para quem quer iniciar os petizes neste maravilhoso desporto que é o tiro com ar comprimido, no entanto tal como qualquer outra Diana tem para mim uma enorme desvantagem, demasiado cara para o que realmente vale, segundo o proprietário que na altura da compra estava muito por fora do que existe atualmente no mercado, pagou 180€ pela arma quando tinha a Weihrauch HW30 por apenas mais 20€ com maior precisão, um gatilho muito mas muito superior mesmo e coronha em madeira ou uma Gamo Deltamax Force por menos de metade do preço, esta ao contrario da HW30, eu já tive logo posso assegurar não ser muito inferior, isto para dar apenas dois exemplos de armas do mesmo segmento que facilmente se encontram no mercado e por isso são a meu ver compras mais sensatas devido ao seu preço mais condizente com o produto. 
 
 
 
Visão geral da arma com estética apelativa

Peço desculpa pela qualidade da foto onde se pretende mostrar marca e modelo

Tecla de gatilho muito reta e patilha de segurança de fácil acionamento

Alça de mira pouco refletora

Grupo com sete tiros (um a mais por lapso) a 18m com JSB Exact original 4,52

Grupo de seis tiros a 18m com RWS Superdome

Grupo de seis tiros a 18m com RWS R10

Grupo de seis tiros a 10m com o chumbo preferido entre os três testados o RWS R10
  

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A minha Diana






Foi de forma quase acidental que adquiri esta Diana 38, este ano fui ao leilão de armas da PSP à procura de um bom negócio que me permitisse fazer algum dinheiro na revenda de uma arma que lá comprasse, acabei por comprar duas armas, esta Diana e uma cometa que ainda aqui irei apresentar também, acabei por não ganhar praticamente nada porque quando estava a licitar não fazia ideia que à licitação acrescia ainda o IVA mas pronto não perdi dinheiro e ainda deu para experimentar e poder assim dizer que já tive uma Diana, uma das mais famosas senão mesmo a mais famosa marca de armas de ar comprimido para a maioria dos Portugueses.
Devo dizer que o primeiro impacto com a arma foi muito agradável, coronha numa madeira bem bonita e a ação e cano com uma oxidação que me pareceu ser de boa qualidade mas não mais que isso e com um bom peso a rondar os 3,5Kg, peço desculpa pela pouca exatidão dos dados técnicos mas como não fazia ideia que viria a ter este blog não me detive no aprofundamento da ficha técnica da arma mas isso também não é o que mais importa neste momento apenas quero relatar a impressão com que fiquei desta Diana 38.
Já que tinha adquirido a arma não fazia sentido não a testar, como tal peguei nela e nas latas de JSB Exact, Exact Express e Exact Heavy, H&N FTT e Baracuda e RWS Superdome que são do melhor que se pode encontrar no mercado em termos de qualidade e são com estes que normalmente testo as armas, lá fui eu, direito ao campo de tiro, foi pena na altura não ter ainda cronógrafo porque se tivesse teria-a certamente passado pelo menos com o JSB Exact que é chumbo que normalmente serve de referencia nas medições de potencia nas armas de ar comprimido, em todo o caso, pelo peso da arma e recuo direi que estaria pelos 270/280 m/s.
Chegado ao campo, lá fiz o que tinha a fazer, dois grupos de seis tiros com cada um dos diferentes chumbos a 25m, devo dizer que não fiquei surpreendido com os resultados, resultados esses que ficaram longe de ser brilhantes, inferiores mesmo aos que muita vez consegui com a Cometa Fusion, a mira que tinha montada era a Hawke 3-9x40 AO que está neste momento em cima da HW50, só não se vê nas fotos porque estas fotos são algumas das que usei para colocar nos classificados, importa dizer que para quem depressa se habitua a usar o indicador num gatilho Record, dificilmente se sente à vontade com outros gatilhos, pelo menos gatilhos de armas correntes como é o caso desta e a qual não permite grande tipo de afinação.
Para terminar e em jeito de conclusão, da minha conclusão, tenho de dizer que para uma arma do meio da gama de uma marca com tanta fama como a Diana esperava um pouco mais, talvez a idade, as viagens não sei por onde e o cano de dimensões bem generosas a tenha prejudicado e a tenha deixado à quem de uma qualquer Cometa dos dias de hoje.
Espero que quem leia este post não fique com má impressão da marca ou do modelo, pois estas foram as minhas conclusões e eu não sou um profundo conhecedor nem avaliador de armas de ar comprimido, simplesmente já disparei com muita coisa o que me permite fazer algumas comparações, de resto devo dizer ainda que a Diana tem as armas de mola que mais me surpreenderam pela positiva até hoje e de que já falei aqui mesmo neste espaço há algum tempo.



terça-feira, 3 de novembro de 2015

Posição de tiro

Habituei-me a atirar em apoio com mão direita no gatilho (sou destro) e mão esquerda junto ao peito apoiando a coronha e guiando assim a mira, esta é a minha posição natural de tiro.
Mas, há sempre um mas um amigo mais experiente que eu nestas coisas apesar de bem mais novo, diz-me que essa é a posição de tiro para armas de fogo ou para PCP, a posição correta deve ser com a mão esquerda no fuste, o certo é que se eu atirar assim não paro de tremer, parece que tenho um brinquedo feminino enfiado nas entranhas.
Como não sou casmurro e gosto sempre de aprender, hoje tentei fazer uns grupos na tal posição que apesar de já a ter experimentado voltei hoje a insistir mas os resultados mais uma vez foram os que já esperava, uma bela m#&$a como vou mostrar.


A coisa começou assim, grupos com mão no fuste, estes 5 até foram os melhorzitos


Aqui, para comparar grupos, 2 com a mão no fuste e 2 na minha posição natural, o de baixo à esquerda ficou tão bonitinho no primeiro tiro que não dei mais nesse alvo


Neste, estava eu na minha luta a tentar fazer alguma coisa de jeito quando uma mosca se lembrou de pousar no alvo a que estava a atirar, posição natural e lá vai disto, cagou-me o alvo mas com as vísceras.
 
 
Bem mas voltando ao assunto, para já acho que disparar na posição que o Nuno me aconselha até pode de facto ser a mais correta no caso das springers mas não aquela onde consigo os melhores resultados, talvez por não me sentir confortável. E agora vou mudar?
Sinceramente até acho que com a mão no fuste a arma se funde melhor com o corpo do atirador mas o problema é que assim tremo e na minha posição natural não. 


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Grupos da HW77

Dias ou tardes neste caso, sem vento como a de hoje são coisa rara, como esta estava calminha dei um salto ao campo de tiro para fazer uns grupos aqui para o Balázios.
Cheguei ao campo já por volta das 15:30 apesar do céu cheio de nuvens a chuva tinha parado e vento nada, então em vez de ir para à pista dos 50/25m onde habitualmente atiro, fiz o registo e fui direitinho à pista dos 100/50m.
Não havia ninguém nas pistas para além de mim, assentei arraiais, caminhei os 100m onde meti uma lata no chão 1m antes e agrafei no suporte o alvo que prefiro voltar ao contrario para assim conseguir ver todos os tiros, é que com o circulo preto voltado para mim não consigo ver quando lhe acerto, só os que ficam na parte clara dão para ver  perfeitamente, rodei a torre de elevação até ao limite e bumba, vá de atirar à lata para confirmar que era o terceiro dot que devia fazer coincidir com o ponto que pretendo acertar, lata acertada três vezes tá bom, vamos espalhar chumbo pelo alvo.     

 
 
O ponto rosa florescente é o centro do alvo, o branco é um tiro que o alvo já tinha, o chumbo usado em todos os alvos que se seguem foi sempre o mesmo JSB Exact 4,52
 
 
Alvos mais pequenos a 50m e grupos de 10 tiros dentro do que habitualmente faço a esta distancia

 
 
Ainda pensei em meter uma nota de 500€ como termo de comparação mas por acaso não tinha nenhuma na algibeira, só mesmo por acaso.




Aqui está a coisa que fez valer a pena a tarde, é que este meus amigos, foi o melhor grupo que fiz até hoje a 25m, quando comecei era para fazer grupos de 10 tiros tal como fiz a 50m mas depois do quinto tiro nem estava a acreditar que estava a agrupar desta maneira e decidi ficar-me pelos 5 tiros, bendita a hora que decidi mudar para o alvo ao lado, é que o sexto tiro saiu em cima do numero 10 e tinha assim estragado o meu melhor grupo a 25m.
Não fiquei eufórico porque não sei quando irei conseguir outro assim, para dizer a verdade nem sei se algum dia farei outro destes mas fiquei contente à brava por ter conseguido este grupo, ficaria muito mas mesmo muito contente se soubesse que a cada dez grupos de 5 conseguia um destes assim sei perfeitamente que foi pura coincidência.